Escrito no dia 13 de fevereiro de 2009
Vários meios de comunicação brasileiros retrataram durante essa semana um dado referente ao número de estudantes que se forma em cursos de licenciatura, ou seja, os que querem atuar como professores. O número de novos professores tem diminuído ano após ano. Poucos querem exercer o magistério nos dias atuais. Justo esta profissão, que em tempos anteriores era louvada por seu caráter “quase” altruísta. Digo quase porque os professores se preocupavam mais com o salário satisfação (o prazer de ensinar e ver um aluno aprendendo) do que com o salário “alimentação”.
Para ser honesto, até hoje o que sustenta mais um professor em sala de aula, é o gosto pelo que faz. Mal sabem os alunos o quanto esse indivíduo “pena” para conseguir aulas a fim de preencher sua carga horária. Observe ainda que aqueles que acabaram de deixar os bancos da faculdade, tem um caminho penoso até multiplicar suas pontuações, e enfim, se ver na fila da frente das atribuições para professores eventuais. Lógico que os concursos e a efetivação sempre serão mais visados, e enquanto essa segurança não chega, veja só o tormento:
Durante a atribuição de aulas em uma escola de Araçatuba, uma orda de professores se coloca no salão nobre já sufocante devido à quantidade de docentes ali. A tensão é grande. Em cada nome chamado no microfone, o alívio de um em detrimento da esperança de uma centena. Nos computadores à frente, a cotação das vagas fazia lembrar a bolsa de valores. Será que as regras para concessão de aulas estão seguindo as leis do mercado financeiro? Será que a abundância de professores acarreta diminuição de seus salários e prejudica a sua valorização, como ocorrem com os produtos na lei de oferta e procura? Se for isso, os dados mencionados pelo censo aliviam muitas mentes. Mas a quem estamos tentando enganar?
2 comentários:
Vc tem blog, eu não sabia! Já te ad aos meus favoritos...bjs!
Hoje em dia ser professor não é facil. Tem que amar muito tal profissão.
Postar um comentário