quinta-feira, 19 de março de 2009

O DESAPARECIMENTO DAS JOANINHAS


Escrito no dia 20 de fevereiro de 2009

Em casa num dia desses, me deparei com um pequeno inseto que a muito não via. Era meio redondo, marrom e de pintas pretas. Minúsculo como a cabeça de um palito de fósforos. Uma joaninha. Logo algumas memórias povoaram minha mente. Saudosismo da infância. Tempo em que corríamos para o muro chapiscado de cimento na casa que ficava ao dobrar o quarteirão, a caça de muitas joaninhas que lá ficavam. E então me toquei que ao longo dos anos está cada vez mais raro encontrar o bichinho.
A verdade é que o mundo moderno está tirando de nós a cada dia elementos dos quais nossa infância se enriquecia. Problemas como o aquecimento global chegam tão perto que batem no nosso nariz, e mesmo assim, teimamos em ignorá-lo lavando as calçadas descaradamente com a mangueira, e desperdiçando litros e litros de valiosa água. E o pior é que tal discurso se torna cansativo de tanto que é proferido. Mas mesmo assim é pouco praticado.
No mundo dos insetos, o reflexo de um mundo que desaparece. Se o tão celebrado Darwin estivesse por ai a passear em nossa época, certamente se espantaria não com a tecnologia, mas com o mal uso dela em muitos momentos da economia mundial. Não chego a imaginar o cara um militante do Greenpeace, com suas longas barbas pintadas de verde e adentrando navios para sabotá-los. Mas é difícil não pensar que alguém que descobriu a vida literalmente, não se veria triste e indignado por tais eventos humanos.

2 comentários:

Unknown disse...

Eu sou sua fã!

beijos

Bia disse...

Bela foto =p

 
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