sexta-feira, 13 de março de 2009

MOVIMENTO DOS SEM...?

Escrito no dia 30 de Janeiro de 2009

Como é possível viver tão próximo de algo e de maneira tão cega seguir em frente como se esse algo não existisse? É essa a situação em que se encontra a grande maioria da população quando o assunto é o Movimento dos Sem Terra (MST).
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) foi criado em 20 de janeiro de 1984, e desde então, é amplamente questionado. Alguns autores (José Eduardo Costa, Manuel Correa de Andrade, entre outros) tratam dos problemas referentes à posse de terra tomando por base todo histórico desde a colonização do Brasil (1500), passando pelas lutas contra os indígenas, os negros quilombolas e os camponeses.
As terras brasileiras só passaram a ser entendidas legislativamente como passiveis de posse particular a partir de 18 de setembro de 1850, quando se compreendeu a aproximação do momento em que se teria que abolir a escravidão e se deveria possibilitar a formação de propriedades adquiridas por compra e a formação de uma mão-de-obra assalariada e livre.
A partir desse momento, varias terras devolutas em posse do governo foram colocadas no mercado a preços pouco acessíveis, gerando uma série de trabalhadores rurais submissos às necessidades e vontades de grandes latifundiários.
Esse ano o movimento tomou por alguns instantes a atenção da mídia, graças ao seu aniversário de 25 anos. Encarado mais como vilão do que como herói, o MST tem muito chão pela frente antes que os problemas agrários deste país terminem. Até lá fica difícil discutir o que essas pessoas não têm. Seria o Movimento dos Sem: Direitos? Caráter? acesso a Condições Dignas de Vida? Responsabilidade? TERRA?

Foto: Juliano Silva

Um comentário:

Anderson Augusto Soares disse...

Há uma ala no MST excessivamente radical, que pende para a violência. É uma minoria, mas uma minoria que ajuda a grande mídia e os setores mais conservadores da sociedade se munirem de argumentos contra a ocupação das terras improdutivas.
É preciso que o MST se fixe nas ideias, na luta inteligente; que se porte, de fato, como um movimento social que deseja corrigir injustiças sociais.

E deve lutar sempre, insistentemente. Não é agradável saber que o Partido dos Trabalhadores não tenha feito a tão sonhada Reforma Agrária. É preciso, então, que lembremos que isso é muito importante. Mais do que qualquer projeto mirabolante.

 
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